Os subcredenciadores simplificam e democratizam o acesso a soluções de pagamento por cartão: entenda como esse processo funciona.
O mercado de pagamentos eletrônicos cresce em ritmo acelerado, impulsionado por inovações tecnológicas, mudanças nos hábitos de consumo e a digitalização crescente do comércio.
Com a Resolução n.º 150/2021, o Banco Central regulamentou a atividade de subcredenciador, o que resultou na formação de várias Fintech especializadas nessa operação e propiciou um avanço significativo no setor.
No entanto, muitas pessoas ainda desconhecem o conceito de subcredenciador e seu funcionamento. Vamos entender mais sobre esse tema e seu funcionamento dentro do ecossistema financeiro?
O que é um subcredenciador?
Um subcredenciador é uma empresa que atua como intermediária entre um credenciador de pagamentos, como instituições financeiras e os comerciantes. Em essência, ele “agrega” diversos estabelecimentos comerciais sob seu próprio contrato com as credenciadoras, permitindo que esses negócios aceitem pagamentos com cartão sem a necessidade de firmar contratos individuais com cada uma delas.
Deste modo, eles oferecem soluções de pagamento e serviços associados a comerciantes, permitindo que esses negócios aceitem transações eletrônicas sem a necessidade de gerenciar diretamente todos os aspectos tecnológicos e regulatórios envolvidos no processo.

Qual é sua função?
A principal função de um subcredenciador é simplificar o processo de aceitação de cartões. Ele assume a responsabilidade de lidar com a complexidade técnica e burocrática da integração com as credenciadoras, liberando o lojista para focar em seu core business. Além disso, o subcredenciador geralmente oferece uma série de serviços agregados, como:
- Plataformas de gerenciamento de vendas;
- Suporte técnico;
- Antecipação de recebíveis:
- Repasse de taxas e tarifas competitivas.
Qual a diferença entre credenciador e subcredenciador?
Para entender a diferença fundamental entre eles, é preciso analisar o papel de cada um dentro do ecossistema de pagamentos.
As credenciadoras são empresas autorizadas pelas bandeiras de cartão (Visa, Mastercard, Elo) a processar as transações. Elas são responsáveis pela captura, roteamento e liquidação dos pagamentos, conectando os lojistas às bandeiras. Alguns exemplos de credenciadoras são Cielo, Rede, PayPal, Mercado Pago, entre outros.
Já os subcredenciadores não processam diretamente os pagamentos. Eles atuam como facilitadores, conectando os lojistas às credenciadoras, simplificando o acesso à tecnologia e às condições comerciais. A WisePay é um exemplo de subcredenciador.
Como é a atuação de um subcredenciador?
A atuação do subcredenciador envolve diversas etapas essenciais para garantir o funcionamento eficiente dos pagamentos eletrônicos.
Tudo começa com o cadastro e análise do lojista, em que o perfil e a documentação são avaliados para assegurar conformidade e segurança. Em seguida, ocorre a integração técnica, com a configuração das taxas de inetemediação e antecipação, para então seguir para a disponibilização de maquininhas ou soluções online personalizadas.
As transações realizadas pelos lojistas são processadas pela credenciadora parceira do subcredenciador, que também é responsável pelo repasse dos valores das vendas, descontando as taxas acordadas. Por fim, o subcredenciador oferece suporte técnico e atendimento aos lojistas, ajudando a solucionar dúvidas e problemas operacionais.

Conclusão
Como vimos, desde a Resolução n.º 150/2021, os subcredenciadores desempenham um papel importante no acesso a pagamentos eletrônicos, facilitando a vida de lojistas e impulsionando o crescimento do mercado. Com isso, as subcredenciadoras estão se destacando cada vez mais no mercado financeiro brasileiro, não apenas por intermediar a aceitação de cartões, mas também por oferecer serviços que facilitam a gestão financeira de diversas pequenas e médias empresas.
Para ilustrar a atuação de um subcredenciador, podemos observar algumas funcionalidades e serviços oferecidos pela Wisepay, como o portal online para gestão de vendas, integrações com outros sistemas de gestão e suporte técnico especializado para otimizar a gestão financeira.
Esses recursos demonstram como um subcredenciador pode auxiliar o lojista no dia a dia de seu negócio para além da aceitação do cartão. No entanto, vale ressaltar que essas funcionalidades podem variar entre diferentes subcredenciadores.
Fontes:
Banco Central do Brasil
Silva Lopes Advogado