O Open Banking é, em sua tradução literal, um sistema financeiro aberto. Esse sistema está transformando o setor bancário ao promover o compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras.
Com o consentimento do cliente, esse compartilhamento de informações é uma importante inovação que visa ampliar a competitividade, incentivar a inovação e oferecer serviços mais personalizados aos consumidores. Vamos entender o que é o Open Banking e seu funcionamento na prática? Confira a seguir!

O que é Open Banking?
Open Banking é um sistema que permite o compartilhamento padronizado de dados e serviços financeiros entre instituições autorizadas pelo Banco Central, mediante o consentimento dos clientes.
As informações financeiras, antes restritas a uma única instituição, podem ser compartilhadas de forma segura com outras empresas do setor, possibilitando ofertas de produtos e serviços mais adequados às necessidades de cada cliente.
Quais as diferenças entre Open Banking e Open Finance?
Embora os termos sejam frequentemente usados como sinônimos, há diferenças entre Open Banking e Open Finance.
O Open Banking se concentra no compartilhamento de dados bancários tradicionais, como informações de contas e transações. Já o Open Finance é uma “evolução” desse sistema, englobando uma gama mais ampla de dados financeiros, incluindo seguros, investimentos, previdência e outros produtos financeiros.
Deste modo, o Open Finance permite uma visão mais completa da vida financeira dos clientes, facilitando o desenvolvimento de soluções ainda mais personalizadas.
Como funciona o Open Banking na prática?
Na prática, o Open Banking opera por meio de Interfaces de Programação de Aplicações (APIs) que permitem a integração segura entre os sistemas das instituições financeiras participantes.
Com o consentimento explícito do cliente, essas APIs possibilitam que dados sejam compartilhados entre diferentes instituições, permitindo que o cliente gerencie suas finanças de maneira integrada, sem a necessidade de acessar múltiplos aplicativos ou plataformas.
Por exemplo, um cliente do Banco do Brasil decide abrir uma conta no Nubank para aproveitar os benefícios de uma conta digital. Ao iniciar o processo no Nubank, você encontra a opção de usar o Open Banking para conectar sua conta do Banco do Brasil. Ao consentir, suas informações financeiras, como saldo e histórico de transações, são compartilhadas de forma segura com o Nubank. Com esses dados, o Nubank analisa seu perfil financeiro e pode oferecer opções personalizadas, como limites de crédito adequados e taxas de juros vantajosas.
Quais instituições participam do Open Banking?
Você sabia que no Brasil, a participação no Open Banking é obrigatória para as instituições financeiras classificadas como S1 e S2 pelo Banco Central? Isso significa que, por obrigação, os maiores bancos do país participam desse sistema.
No entanto, outras instituições podem, voluntariamente, aderir ao sistema, desde que cumpram os requisitos de segurança e regulamentação estabelecidos. Essa abertura permite que Fintechs e outras empresas inovadoras participem do ecossistema, aumentando a concorrência e diversificando as opções disponíveis aos consumidores.
Qual a importância do Open Banking?
Como vimos até aqui, o Open Banking representa uma mudança significativa no setor financeiro, promovendo maior transparência, competitividade e inovação. Permitindo que os clientes tenham controle sobre seus dados e possam compartilhá-los conforme desejarem, o sistema incentiva as instituições a oferecerem produtos e serviços mais alinhados às necessidades individuais, melhorando a experiência do usuário e fomentando a inclusão financeira.

O que muda com o Open Banking?
Com a implementação do sistema financeiro aberto, os clientes ganham maior autonomia e poder de escolha. Eles podem, por exemplo, autorizar que uma Fintech acesse seu histórico bancário para oferecer uma análise financeira personalizada, o que acaba por permitir que outra instituição proponha condições de crédito mais vantajosas e personalizadas, com base em cada perfil financeiro.
Quais as vantagens do Open Banking?
Com acesso a dados detalhados sobre seus clientes, as instituições conseguem oferecer serviços personalizados que atendem melhor ao perfil e às necessidades de cada pessoa. Além disso, essa ampliação da concorrência também pode levar a melhores condições, como taxas de juros mais baixas e condições mais favoráveis para diversos produtos financeiros.
As instituições também se beneficiam desse sistema. Esse compartilhamento de dados impulsiona a inovação e a eficiência ao facilitar o desenvolvimento de soluções tecnológicas avançadas, melhorando processos internos e a oferta de serviços. Além disso, possibilita a empresas menores ou novas no mercado a competição mais igualitária, ampliando seu alcance a um público mais amplo e diversificado.
Cuidados e desafios na implementação do Open Banking
Apesar dos benefícios, a implementação do Open Banking apresenta desafios significativos que as instituições devem se atentar. Além das instituições, o usuário também deve ficar atento a aspectos como a proteção dos dados, afinal, falhas de segurança podem comprometer a confiança no sistema e expor informações sensíveis.
A integração entre diferentes sistemas exige por parte das instituições padrões tecnológicos bem definidos para assegurar a interoperabilidade e o funcionamento adequado das APIs. O usuário deve se atentar às políticas de segurança de dados das instituições a qual deseja repassar as informações.
Embora haja necessidade de se atentar a estes cuidados, no fim, o balanço é positivo! O Open Banking coloca o cliente no centro das decisões e promove um ambiente mais competitivo e inovador. Sua implementação bem-sucedida depende da colaboração entre instituições, reguladores e consumidores, garantindo que os benefícios sejam amplamente distribuídos e que os desafios sejam enfrentados de maneira eficaz.
Fontes:
Exame
Open Finance Brasil
Serasa
InfoMoney